A população de cães e gatos nos centros urbanos é dia a dia crescente em decorrência da gestação indesejada, principalmente de animais errantes e abandonados. Nos bairros atendidos pela EMEI isto não e diferente, pelo contrário, talvez por se tratar de uma comunidade muito carente e também pela falta de informação a situação da maioria dos animais nesses bairros é precária.
O pouco caso com a vida e o bem estar desses animais juntamente com a reprodução descontrolada são fatores que desencadeiam problemas à saúde pública e do animal, acarretando ainda acidentes automobilísticos e sofrimento aos próprios animais.
A falta de consciência da população ao deixar seus cães e gatos cruzarem livremente acaba, inevitavelmente, no abandono da maioria absoluta dos filhotes. Estes filhotes abandonados têm os mais tristes destinos: atropelamentos, morte por doenças infecto contagiosas, maus tratos, desnutrição, e o pior, continuam a se reproduzir descontroladamente, e suas ninhadas têm o mesmo destino.
“Ao domesticar o cão e o gato, há milhares de anos, o homem tornou-se responsável pelo bem-estar desses animais. Conviver com um bicho de estimação é um privilégio e pode mudar nossa vida para muito melhor. No entanto, alguns cuidados devem ser observados para que essa relação seja realmente harmoniosa e feliz.”
A posse responsável é a melhor alternativa para começar a combater o problema, reduzindo o número de animais abandonados nas ruas, animais estes que muitas vezes têm dono, mas não recebem o devido tratamento e respeito.
A relação do homem com os animais domésticos é reconhecida como um dos mais estreitos vínculos entre espécies na natureza. Esses animais interagem com o homem, de quem recebem e oferecem atenção, carinho, e uma longa lista de benefícios - físicos, emocionais e sociais. É por isso que o convívio com esses animais é um fenômeno mundial crescente.
No entanto, ao trazer um cão ou um gato para o seu convívio, o homem também assume compromissos que devem ser renovados a cada dia.
É fundamental que a sociedade se conscientize dos seus direitos e deveres na relação homem - animal - meio ambiente. O homem trouxe os animais para o seu meio. Cabe a ele, portanto, cuidar para que essa relação não prejudique a si próprio, aos animais e a natureza.
A proposta da escola é que a Posse Responsável não seja uma campanha esporádica, mas sim uma prática de cidadania.
As ações propostas neste projeto visam conscientizar os alunos, os pais e a comunidade de modo geral atendida pela EMEI sobre atos de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais domésticos, além de noções de posse responsável e controle populacional destes animais.
A escola, enquanto instituição, através da educação pautada em valores deve preparar o indivíduo para uma vida pacífica e solidária. Desenvolver a conscientização acerca de respeito aos animais beneficia diretamente estes, cujos direitos passam a ser conhecidos, encorajando o respeito e o senso de responsabilidade.
A crueldade, os maus-tratos ou qualquer prática de acarrete sofrimento aos animais devem ser rigorosamente combatida e erradicada.
“Estudos do FBI mostram que a violência contra animais funciona como um “primeiro degrau” para futuras violências contra humanos. Quase todos os assassinos em série têm em sua história a prática de maus-tratos a animais.”
“Segundo pesquisas, a violência cometida contra animais, quando feita ou mesmo assistida por crianças, tem conseqüências psicológicas trágicas, marcando-as por toda a vida. Por outro lado, o afeto que os animais inspiram, quando incentivado, pode despertar no indivíduo sentimentos de amor, zelo e positiva auto-estima.
Entende-se que a inclusão do tema dos animais no currículo escolar estimula o desenvolvimento moral, espiritual e pessoal de cada indivíduo, traz benefícios à comunidade escolar e aumenta as oportunidades de aprendizagem em diferentes áreas do currículo.”
A forma de tratamento imposta aos animais tem-se revelado, para qualquer pessoa cuja sensibilidade não se tenha perdido, ultrajante, cruel, dolorosa e criminosa.
O Brasil apresenta uma das legislações mais abrangentes, severas e inovadoras a disciplinar a matéria (Constituição Federal em seu art. 225, Lei Federal 9.605/98 - Lei dos Crimes Ambientais, Lei Estadual 11.977/95 – Código de Proteção aos Animais), entretanto, a população de modo geral, principalmente de baixo poder aquisitivo desconhece a existência destas normas, demonstrando que talvez a sociedade não tenha evoluído com a mesma rapidez.
Precisamos plantar a semente da conscientização hoje, para que as crianças, enquanto agentes multiplicadores sejam os adultos conscientes de amanhã, para, somente a partir daí vivermos numa sociedade mais humanitária que tratem o meio ambiente e a vida com mais respeito e amor.